Existe uma velocidade considerada constante em que a luz do Sol viaja pelo espaço, ou seja, viajando no vácuo, pode-se dizer que quase nunca sofre alguma alteração, e é por conta desse grande feito que os raios solares não levam muito tempo para chegar aqui na Terra.
Quando cientistas relatam que são minutos que a luz do Sol leva para adentrar a superfície terrestre, é uma média calculada que não leva em conta o tempo que outros tipos de partículas, como os fótons, levam para conseguir sair de dentro do núcleo solar.
Da mesma forma deve-se pensar sobre o tempo, em que o universo aponta para a existência de galáxias localizadas milhões de anos-luz de distância, portanto, é importante dizer que a luz que a enxergamos na Terra pode ter deixado a superfície dessas estrelas há milhões de anos. Muito tempo não é mesmo?
Falando de forma matemática, a luz solar se move no vácuo a 300 mil quilômetros por segundo, enquanto a Terra orbita o Sol a uma distância de 150 milhões de quilômetros.
Você sabia que se o Sol desaparecer um dia, nós só saberíamos disso muito tempo depois? Pois é, não perceberíamos tão de repente assim a ausência da nossa estrela solar. Inclusive, se a fusão do hidrogênio em hélio no núcleo solar fosse interrompida, é muito provável que não perceberíamos isso durante alguns anos.
Voltando a matemática, para sabermos quanto tempo demora para a luz do Sol chegar na Terra é simples, basta dividir o movimento da luz no vácuo (300.000 km/s) pela distância da Terra e do Sol (150.000.000 km), com isso chegamos à marca de 500 segundos, sendo o resultado 8 minutos e 20 segundos. Surpreendente não é mesmo?
A conta é simples, o tempo não é tão grande e nem tão pequeno, porém, nesse cálculo não é levado em consideração o tempo que os fótons precisam para sair do núcleo solar. E por que essas partículas não entram no cálculo? É algo complexo, pois se trata de partículas que ficam vagando dentro da estrela até finalmente conseguirem alcançar a sua superfície e depois viajar no espaço.
Esses fótons que ficam vagando dentro do Sol até chegarem à superfície são consideradas partículas fundamentais e capazes de transportar a luz e todo o tipo de radiação. Aliás, vale ressaltar que os fótons têm seu início como radiação gama, emitidos e absorvidos por diversas vezes dentro da zona radioativa solar.
É até por isso que esses fótons presentes no Sol demoram para sair de fato da estrela, pois percorrem um longo caminho. Vale salientar que o Sol produz esse tipo de partícula através da fusão nuclear de átomos encontrados em seu interior. Um fato interessante é que desde a sua produção até a sua saída da estrela, os fótons gastam cerca de 100 mil anos.
Outras partículas que são produzidas no Sol são chamadas neutrinos, que também são produzidas no núcleo terrestre, e levam esse nome por não interagirem com a matéria e por isso são capazes de atravessar o Sol imediatamente após a sua formação, ou seja, totalmente o oposto dos fótons.
Apesar de parecer simples e menos complexo, foi a existência de neutrinos que permitiu que os cientistas pudessem desvendar alguns segredos sobre o Sol, como por exemplo, a velocidade com que a luz do Sol chega na superfície da Terra.
Agora, onde os neutrinos se formam? Uma fonte são reatores nucleares; quando as partículas se decompõem são produzidos neutrinos; também no sol, que é um grande reator nuclear pic.twitter.com/qAKSqJ8IRt
— Cynthia Ventura (@Xynthai) May 23, 2020
Inclusive, a partir dessa presença de neutrinos no Sol, é possível afirmar que sim, levaria muito tempo até que a humanidade pudesse sentir de fato os resultados de um apocalipse solar, ou seja, a destruição do Sol.